domingo

Um pouco de amor

Procurei em viletas bucólicas,
no serralho maometano,
voltei-me à sesteada dos viajantes,
 tropeiros e carreteiros
para encontrar um nome só
ou um sonho onde o mundo fosse feliz.
Penetrei nas mentes dos homens,
nos corações das mulheres e no
sorriso das crianças.
Os loucos ou ateus, preguiçosos, cansados, mórbidos
e santos só denotam,
ainda que uns cedo, outros tarde,
que a única mágica capaz de
mudar o mundo é o amor.
Não sabem, todavia, que o
amor tem outro nome: Jesus.
E eu queria fazer, Senhor,
num instante de ternura
um recado capaz de, pelo menos,
diluir teu amor
nas asas da alvorada,
nos jatos supersônicos,
nas imagens dos satélites
e levasse teu enigma,
numa suave mas penetrante brisa,
até o desoriente médio e a todas
as outras desorientadas regiões
que sonham a paz num fuzil.
Mas este recado, Senhor,
pode alcançar aqueles tantos que,
aqui, sem Irã, Vietnã ou Afeganistão
fazem guerra na falta de sorriso,
na explosão de ódio,
na falta de entendimento e
lançam bombas de mal-estar na
convivência diária com os outros homens.
É o amor. Sim!
De Jesus. Que constrói
casa sólida, tabernáculo eterno,
riso colorido e
diminui a dor,
reforça o ânimo.
Um pouco na alma,
mente e coração,
na palavra e crítica,
na dúvida e solução.
Um pouco na lágrima alheia,
no próprio braço,
na idéia própria e na definição.
Não esmoreça e nem adormeça.
Este é o segredo.
O mundo pode mudar, se, até na dor, com calor,
você for capaz de amar! (AV)

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