segunda-feira

ENCONTROS E DESENCONTROS...



Imagine a cena: Você não vê a criatura há anos. Nem se lembra ao certo se ela foi colega de classe, de trabalho ou morava na casa ao lado.

De repente, eis que ela surge entre os corredores do shopping. Você finge que não viu, mas ela vem em sua direção. O que dizer nessa hora?

Oi, er, ahn...E aí?
Esqueceu o nome da pessoa?O jeito é encher o papo com reticências na esperança de que sua memória colabore.

Faz um tempão hein?
O truque é inventar frases-curinga para puxar papo diante do sujeito com quem você não tem mais o menor assunto.


Que você está fazendo aqui?
Tapa-buraco típico, fica um tanto ridículo quando você percebe que está numa loja e, portanto, fazendo compras ou apenas dando aquela "olhadinha".


Você está lá ainda?
Note bem a versatilidade da partícula "lá". Afinal, você não se lembra de onde conhece o cidadão.


Tem visto o pessoal?
Mais uma vez não seja específico: o "pessoal" pode ser da academia, do time de futebol, do colégio...


Mas você mudou hein?
Há uma grande chance de acertar. Afinal de contas, ela se transformou tanto que você continua sem reconhecê-la.


O que anda fazendo?
O infeliz ainda está no seu pé, mas pelo menos a resposta pode dar uma boa dica de quem é essa pessoa.


Legal te ver!
Se ainda assim a pessoa à sua frente continua sendo um completo estranho, comece a encerrar a malfadada conversa.


Manda um abraço pro pessoal!
O "pessoal" continua sendo aquele grupo anônimo, mas não custa nada ser simpático. E ganhar mais uma frase.


Me liga, vamos marcar!
Dizendo isso, comece a andar. O dito cujo nem deve ter seu número e assim você põe um ponto final neste martírio.


(Extraído da Revista Época- 23/05/05)

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